Crush de carro

Era uma vez um trailer de sorvete chamado Buck que se apaixonou por uma limusine.
Ele estava enferrujado e cheio de sujeira e nojeira e ela linda como capa de revista de carros.
Seu nome era Christine.
O para-brisa sempre cristalino.
A carroceria impecável de ponta a ponta.
Não era conversível, mas ele queria vê-la sem capota.
Um belo porta-malas
um belo rack em cima dele.
Seria um passeio maneiro.
Mas por dentro
ela era inteligente de arrasar.
Tinha TVs e CDs nos bancos e martinis no bar.
Juntos, iam muito ao parque. Sol, pétalas de rosais,
que encontro sexy!
Mas, em vez disso, ele ficou sozinho no estacionamento
com seus pedais
largados para oxidar.
Tinha um outro cara, um enorme Porsche.
Vermelho vinho, como uma porção de borsch.
Nasceu charmoso, lindo e chiquetoso como George Soros.
Suas putas piravam nos seus cavalos
e o trailer de sorvete sabia dessa brisa.
Chorava até o talo
seu fluido de lavar o para-brisa.
Sente apneia no pneu
feito um step que perdeu.
Isso exaure o exaustor até que fume
o exaustor de Porsche com perfume
Pode não ter um desempenho de voar.
Mas pelo menos só termina em último lugar.
Ele pode não ter seu abs… bem, ABS.
Pelo menos, eles não romperiam. Bom, talvez
ele a amaria sem revés
do diferencial.

Mas ela não via o potencial.
Apesar do cumprida, tinha miopia.
Só tinha olhos pro que o Porsche fazia.

Um dia, ele se exibindo, começou a acelerar e na certa
isso lhe traria receita.
Agia como um idiota escroque
mas os amortecedores brecaram o baque do choque
de quando ele deu em cima dela e passou pela cabeça da última vez.
O Porsche quis vazar e beijá-la de leve nos olhos
mas, por baixo, tinha um vazamento de óleos
de tanto que acelera.
Então, ele derrapou direto pra cabine dela.
O crush escrachou a cabeça.
“Alguém ligue para a emergência!”
Disse o Porsche: “Já estou aqui, Kevin.
Bem, na verdade, a carro estou”.
Ele disse e se afastou
das falsas esperanças.
E partiu, tipo, pro Kansas.
No dia seguinte, Christine acordou do coma.
Ao lado de um moribundo Fiat Croma.
De Roma.
Sua beleza sumiu na recidiva
Mas saiu viva.
Ela fez um transplante de motor. Ela teve sorte.
Roncava e tossia um pouco, mas era quente e em seu ofício.
Porque foi o Buck Esporte
que fez o sacrifício.
Naquele momento, ela percebeu na dura
que, sob o couro duro em furo
o trailer de sorvete sem futuro
escondia por dentro sua doçura.
Bem… isso e as peças que ela precisava pra seguir vivendo.
O Buck desistiu da carroceria
Só pra ver o que o carro dela seria.
Mas sabia que estaria perto pra valer.
Feito o texto no retrovisor lateral de um trailer:
“O amor está mais perto do que pode… parecer.”

***

Joe

– bora, Joe. temos que ir
– cara, essa festa tá massa!
– não, Joe. temos que que ir
– que porra é essa, cara, mal começou
– por favor, Joey, vambora embora
– bem, pode ir, sozinho eu pego o bonde
ei, olha aquela vaca, vou pedir o telefone!
– vai NÃO! desculpe, senhora
não vou deixar você aqui, cadê tuas coisas? pegue agora!
– ei, olha ali meu primo Adão!
ele quer farrear!
-não quer não!
-oh, olhe só você, senhor festeiro que enrola
sempre “blablabla” como a porra duma vitrola
não precisa controlar quem se diverte
só porque você é um chato que se mete
– Joe, bora, é bom se divertir
mas talvez a vida não seja sempre assim
– que porra você sabe sobre a vida?
você não tem ideia do que eu tenho que lutar
todo dia, toda noite, sem ter cota
é só assim que eu posso relaxar
então, se você não se importa…
viva sua vida como bem quiser
mas pare de atacar as lascas de alegria que restam na minha
-Joe, você está envergonhando a mim e a si mesmo também.
– você nem imagina o que estou passando!
nunca teve uma mãe inútil pouco se lixando
com o que você faz, sente ou pensa
que falta a peça da escola pra beber na dispensa,
que te trata como merda por 20 anos,
te faz chorar e depois ignora o teu pranto
– cara, dá pra conversar sobre isso em outro lugar?
– e teu pai não é um idiota
que perdeu todo o dinheiro e a casa pro agiota
por causa da esposa,
que é uma vadia asquerosa
– não seja tão duro com ele, na certa fez o melhor que pôde, talvez…
aos teus olhos, ele só queria ficar sem revestrés
– mandou bem então! ele ficou sendo um perdedor
frouxo e sem ambição que nem
tentou se livrar da minha mãe
que o deixou por outro alguém
depois de o trair com seu irmão também!
– uou. verdade?
– claro. a vaca me pagava
para não contar nada
sobre o dinheiro do babaca.
sabe uma coisa engraçada pacas?
é que depois de tanto sofrimento, eu já não tava nem aí.
– Joey, fale baixo por favor
– baixo…? não, não, não, na real eu quero expor!
ei, sou eu! o filho do idiota e da vaca maior!
– por favor, Joe. entendo que você tá mal. mas não é só você perdendo o brilho.
é só que…
você podia pelo menos esperar até o final
do funeral da tua mãe, meu filho.

***

Rivalidade moderna

eu sou o caçula
oh, como enche a caçuleta
passar o dia mordiscando a teta
enquanto a irmã mais velha lava a louça na cozinha
pirando sozinha
durante toda a minha infância, me estragaram
como o final da série Lost, o baque assim que te contaram
que termina como merda de porco
Com vinte e um anos na cara
ficou claro
que, como filho, eu tava no champanhe
mas minha mãe perdeu como mãe
mas então
quase no fim do último verão
aconteceu
o pior que já se deu
“olá, olá, olá! teremos um novo companheiro!
o primeiro de setembro
dá boas-vindas para novo membro!”
é humano? é animal de estimação?
a expressão nos olhos de mamãe
eu nunca esquecerei o exato instante em que feliz sem dó
ela tirou da caixa o aspirador de pó robô
esse dia marcou o surgimento da desgraça
vrum vrum vrum pela sala ele passa
“não precisamos de vassoura, que massa!”
gritou a mãe limpando
as escovinhas DELE feito fosse humano
vindo do ventre útero dela, essa mulher
e só pra emputecer
ele naquele vrum sem nem saber
ela o alimenta com nacos de posta
e troncos de bosta
e troços de crosta
ela destroça a minha aposta
basta então desse bastardo!
eu preciso é fazer justiça
no colo dela feito um gato
o safado senta em pacto
ele piscou pra mim com poros de diodo, como se na maior se
comunicasse em o código Morse
e enquanto seu motor ronronava suave
pensei ouvir sussurros da palavra-chave
como se ele estivesse vivo ali na finta:
“mano, tu mora com a mãe e já tem quase 30. bip”.
ei, seu robô.
me escute bem, seu lazarento aspirador.
tá achando que é o vencedor?
foi dela que eu saí maior,
você vai por aí feito fofoca deprimente,
seu faxineiro delinquente,
saia da frente,
que atrás vem gente ou…
tua presença é enganação
não viu que não sou teu amigo em gana e ação?
isso não é ciúme não
é puro ódio, sua bosta canhestra!
uma coisa do manual é vera: só pra chupar você presta.
a tua meta é arrumar
mas só sabe bagunçar
o ninho da minha família
portanto, eu boto pilha:
se sabe o mapa deste apê, aposto que você se apressa até a porta.
eu sou aquele que ela adora.
então, vá se foder, Roomba, ou vou arregaçar teu cu de Roomba
aí naquela noite, me infiltrei de fino
onde dormia o tal cretino
peguei a chave de fenda e fendi um teco nele, sem querer chatear a mamãe
e revirei a placa-mãe
no dia seguinte de manhã
sem saber o que estava rolando
mamãe pressiona o “on”
e ele, como uma puta perdida numa obra
em vez de chupar, agora sopra
que espetáculo!
como um tornado
uau! revirou até o taco!
“seu bastardo
que desastre e que petardo!
vale menos que camisinha pra uma freira,
arruinou a casa, e vai parar numa lixeira!”
“mamãe, não seja assim tão dura”
“eu falei com você, seu xepa de feira”
naquela tarde o jogo se inverteu
a vida de mendigo começou
o Roomba agora mora em quarto meu
e estou no papelão que ele me deu
bip.

Un Flechazo

Había una vez un camión de helados llamado Buck que se enamoró de una limusina.
Él estaba oxidado y cubierto de porquería y suciedad
y ella era hermosa como la portada de una revista de sociedad.
Su nombre era Cristina.
Ella siempre brillante y divina
Su parabrisas siempre impecable.
él quería verla en topless, aunque ella no era un descapotable
Un bonito maletero en la espalda.
Y encima una balda.
Ese sería un paseo encantador.
Pero por dentro
ella también era inteligente y lista.
Tenía teles y CD en sus asientos y martinis en la pista.
Juntos, irían mucho al parque. Sol, pétalos de rosa,
¡Qué cita tan sexy!
Pero sin embargo, está solo con sus pedales
en este aparcamiento
oxidándose.
También había otro tipo, un gran Porsche. Color rojo intenso, como una porción fresca de borsch. Nació elegante, hermoso y burgués como George Soros.
Sus putas amaban sus caballos y revoluciones
y el camión de los helados lo sabía.
Lloraba durante horas
su líquido limpiaparabrisas.
Le cansa sentir las llantas en todo momento
como si fuera la quinta rueda de repuesto.
Agota su escape y le hace echar humo cuando huele el perfume del escape de Porsche cerca.
Puede que no tenga su rendimiento y no sea tan rápido. Pero al menos siempre terminará el último.
Puede que no tenga sus abdominales… bueno, ABS.
Pero al menos no se separarían. Pero incluso si tal vez sí
él la amaría más allá de sus diferencias.

Pero ella no vio el potencial.
A pesar de su longitud, era muy miope.
Ella solo tenía ojos para lo que hacía el tipo Porsche.

Un día, estaba presumiendo, comenzó a acelerar y supo
esto le traería ingresos.
Actuó como un idiota engreído
pero ni siquiera sus amortiguadores le ayudaron a absorber el impacto
de cuando él se estampó con ella y pasó por su mente por última vez.
Porsche quería ir a la deriva y besarla ligeramente en la mejilla.
pero debajo había una fuga de aceite
de todas las revoluciones.
Así que se patinó y voló a través de su cabina.
Su amor aplastó su bonita cabeza.
“¡Qué alguien llame al 911!”
Porsche dijo: “Ya estoy aquí, Kevin.
Bueno, en realidad estoy auto-máticamente aquí “.
Dijo y se alejó
de las consecuencias
Y se marcho a, como a un lugar como, Kansas.
Al día siguiente, Christine finalmente se despertó del coma.
Junto a un Fiat Croma moribundo.
De Roma.
Su belleza se alejó después de la deriva
pero al menos ella sobrevivió.
Tuvo un trasplante de motor. Tuvo suerte. Tartamudeó y tosió un poco, pero se sentía caliente y cómoda.
Porque era Buck
quien había hecho el sacrificio.
En ese momento se dio cuenta
que bajo su pellejo oxidado, desaliñado, sucio
el camión de helados realmente escondía
en su más profundo la dulzura
Bueno… la dulzura y también las partes que necesitaba para mantenerse viva.
Buck renunció a su carrocería
sólo para hacer que su cuerpo funcionara.
Pero ‘él sabía que así siempre estaría cerca de ella.
Como diría en el espejo retrovisor de un camión: “El amor está más cerca de lo que puede… parecer”.

***

Joe

– Venga, Joe. tenemos que irnos
– tío…, está buena la fiesta!
– No, Joe. De verdad tenemos que irnos
– Qué ostias, tío, esto solo acaba de empezar joder- Por favor, Joey, tenemos que irnos
– bueno vete entonces, me quedo solo
mira esa zorra, le voy a pedir su teléfono!
– Ni de coña! Perdona, señora
No te voy a dejar aquí, dónde están tus cosas? Cógelas!
-Eh, ahí está Adán! Ese es mi primo!
Él seguro quiere fiesta!
– que va…
-ooh pero mírate, sr. Aguafiestas
siempre ‘blablabla’ como un puto escaqueado
no tienes que controlar a todos los que se están divirtiendo
solo porque eres un idiota aburrido que no sabe disfrutar
-Joe, vamos, divertirse está bien
pero igual la vida no va de eso todo el tiempo
– Qué cojones sabes de la vida?
no tienes ni puta idea de lo que tengo que pelear
cada día y cada noche
esta es la única forma de relajarme
así que si no te importa…
vive tu vida como te dé la puta gana
pero deja de intentar destruir los últimos pedazos de felicidad que quedan en la mía
-Joe, nos estás dejando en ridículo a ti y a mí.

-No puedes ni imaginarte lo que estoy pasando! nunca tuviste una maldita madre inútil a la que nunca le importa lo que haces,
sientes o piensas
que salta la obra de teatro de la escuela para quedarse en casa y beber, te trata como una mierda durante 20 jodidos años, te hace llorar y luego ignora tus putas lágrimas.
-tío, podemos hablar de esto en otro lugar?
-y tu padre no es un gilipollas
al que le quitaron todo su dinero
Y su casa
por su puta mierda de esposa
-No seas tan duro con él, estoy seguro de que hizo lo mejor que pudo… para ti, solo quería estar sin problemas.
-bueno buen trabajo entonces! siguió siendo un perdedor sin ambiciones que ni siquiera se molestó en intentar que mi madre no le utilizara
Y que luego lo dejo por otro
después de años poniéndole los cuernos con su puto hermano!
-wow, de verdad?
-Claro que sí, esa perra hasta me pagaría con el dinero de mi padre para que no contara nada.
pero sabes lo que es más gracioso?
que después de todos esos años sufriendo ya no me importa una mierda.
-Joey, por favor, baja la voz.
-bajar…? Ni de coña, que todo el mundo lo sepa!
Hey, soy yo! el hijo de un idiota y una zorra!
Por favor, Joe. Entiendo que estés deprimido. y créeme que no eres el único.
pero…
al menos podrías haber esperado hasta el final
del funeral de mamá, hijo mío.

***

Rivalidad moderna

soy el hermano pequeño
oh, qué paralizante es esto
pasar el día mordisqueando tetitas
mientras tu hermana mayor friega los platos en la cocina
lloriqueando
toda mi infancia fui mimado
como en el final del programa Lost, la gran ostia después de que te digan
que todo termina como mierda de cerdo
a la edad de veintiuno
era evidente
que como hijo había ganado
pero mi mamá había perdido como madre
pero entonces
el verano pasado, hacia el final
sucedió
el peor evento
“¡Hola, hola, hola! ¡Tendremos un nuevo miembro! ¡El uno de septiembre da la bienvenida a nuestro nuevo miembro!”
es un humano? es una mascota?
nunca olvidaré la mirada en los ojos de mamá en ese mismo momento
nunca la había visto tan feliz
como en ese momento mientras desempaquetaba una aspiradora robot
ese día marcó el comienzo del final
vroom vroom vroom alrededor de la habitación
“¡De ahora en adelante no necesitamos escoba!”
mamá gritó mientras se acariciaba
sus pequeños pinceles como si fuera humano
como si ÉL hubiera salido de su vientre y esta puta mujer me tenía de los nervios
y él, tranquilamente vroomeando
ella le daba de comer migas de corteza
y montones de polvo
y grumos de óxido
ella acabó con mi confianza
así que debo pillar a ese bastardo!
Le tengo que hacer justicia
en sus brazos como un gato
ese pequeño mocoso se sentó en silencio
me guiñó un ojo con sus poritos de diodo como hablando en código Morse
y mientras su motor ronroneaba suavemente
me pareció oír que murmuraba una palabra
como si estuviera vivo:
“Hermano, vives con tu madre y tienes literalmente 25 años. Bip”.
hola, limpiador. Escúchame polla pequeña y rechoncha. Crees que has ganado? tío, crecí en ella, andas por ahí como un rumor mal difundido, maldito aspirador idiota, muévete,
limpia alguna habitación o…
que tu estes aquí es una falacia
No soy tu colega, ¿vale?
esto no son celos
esto es puro odio, joder!
Una cosa del manual es cierta. eres un chupa mierda.
tu propósito es el orden
pero todo lo que haces es puto lío
en mi nido familiar
así que te sugiero:
ya que tienes nuestro piso mapeado en profundidad, a ver si llegas a la puerta y te piras.
yo soy el que ella adora.
así que vete a la mierda, Roomba, o te romperé las bolas Roomba
así que esa noche fui a espiar
al cuarto donde duerme ese cretino
Tomé la punta de mi destornillador y lo jodí un poco porque no quería aburrir a mi madre.
le di la vuelta a su placa base
al día siguiente al amanecer
sin saber lo que había pasado
mamá lo encendió
y él, como un vago indeciso
en vez de chupar, empezó a soplar
Qué show!
como un tornado
dejo todo derribado
“pequeño bastardo
qué un desastre!
Eres más inútil que un condón para un cura, has arruinado mi casa,
terminarás en el descarte”.
“mamá, no seas tan dura con él”
“Estaba hablando contigo, jovencito”
Se han cambiado los papeles
Mi nueva vida sin hogar ha comenzado
Roomba vive en mi habitación
y yo vivo en su caja de cartón
bip bip.